60 frases do Chico Buarque para conhecer esse grande nome da MPB

Você que inventou a tristeza, ora, tenha a fineza de desinventar.

As pessoas têm medo de mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem!

No Carnaval, esperança que gente longe viva na lembrança, que gente triste possa entrar na dança, que gente grande saiba ser criança.

Mas quando eu tanto precisava, meu amor, como é que é? Onde é que você estava?

Imagina hoje à noite a gente se perder. Imagina hoje à noite a lua se apagar.

Ah, se eu pudesse não caía na tua conversa mole outra vez, não dava mole à tua pessoa.

Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.

Tem os olhos cheios de esperança, de uma cor que mais ninguém possui.

Não há mais porta, mas também não tenho mais vontade de entrar.

Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar.

Diga ao primeiro que passa que eu sou da cachaça mais que do amor.

Carnaval, desengano. Deixei a dor em casa me esperando e brinquei e gritei e fui vestido de rei.

Ouça um bom conselho que eu lhe dou de graça: inútil dormir que a dor não passa.

Houve um tempo em que, se tivesse de optar entre duas cegueiras, escolheria ser cego ao esplendor do mar, às montanhas, ao pôr-do-sol do Rio de Janeiro, para ter olhos de ler o que há de belo, em letras negras sobre fundo branco.

Acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus ou quando sua risada se confunde com a minha.

Amou daquela vez como se fosse a última.

Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz e atrás dessa mulher mil homens, sempre tão gentis.

Só peço a você um favor: se puder, não me esqueça num canto qualquer.

És pagina virada, descartada do meu folhetim.

Eu já deveria ter me curado da minha ridícula obsessão pelo amor.

E se eu pudesse entrar na sua vida?

O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração.

A sua lembrança me dói tanto…

Quem me vê sempre parado, distante, garante que eu não sei sambar… Tô me guardando pra quando o carnaval chegar.

Vem que eu te quero fraco, vem que eu te quero tolo, vem que eu te quero todo meu.

Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã.

Essa moça tá diferente, já não me conhece mais. Está pra lá de pra frente, está me passando pra trás.

E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz.

Mais vale uma filha na mão do que dois pais sobrevoando.

Mas para meu desencanto o que era doce acabou, tudo tomou seu lugar, depois que a banda passou.

Não se afobe, não, que nada é pra já.

Nem toda loucura é genial, como nem toda lucidez é velha.

O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes.

A memória é uma vasta ferida.

Hoje na solidão ainda custo a entender como o amor foi tão injusto pra quem só lhe foi dedicação.

Duas pessoas não se equilibram muito tempo lado a lado, cada qual com seu silêncio; um dos silêncios acaba sugando o outro.

Não tem mais jeito, a gente não tem cura.

Olhos nos olhos, quero ver o que você faz ao sentir que sem você eu passo bem demais. Olhos nos olhos, quero ver o que você diz, quero ver como suporta me ver tão feliz.

Mas você não sabe por que aquilo apareceu na tua cabeça. E você não vai sossegar enquanto não transformar em canção, em verso.

Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.

Devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira.

Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo. No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido.

Certas histórias não param de acontecer em nós até o fim da vida.

Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incômodo no caminho da multidão.

Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.

Ela faz cinema. Ela é a tal. Sei que ela pode ser mil, mas não existe outra igual.

Eu sempre desconfiei, desde garotinho, que eu iria ficar velho.

Às vezes o que a gente procura, não é o que a gente procura. É o que a gente encontra.

Água nova brotando e a gente se amando sem parar.

É na soma do seu olhar que eu vou me conhecer inteiro.

Tudo é vário, temporário, efêmero. Nunca somos, sempre estamos.

Ela é demais, talvez nem me queira bem, porém faz um bem que ninguém me faz.

Ajeitava o meu caminho para encostar no teu.

Mesmo em sonho estive atento para poder lembrar-te sempre.

Vê-la apreciar um texto meu sem saber que o era, seria quase como vê-la se despir sem saber que eu a estava olhando.

Sobrou desse nosso desencontro um conto de amor sem ponto final.

Amo tanto e, de tanto amar, acho que ela é bonita.

A gente quase não se vê, eu só queria me lembrar, me dê noticia de você, me deu vontade de voltar.

Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem?

O meu coração fecha os olhos e sinceramente chora.