35 frases de Jorge Luís Borges para conhecer o escritor argentino

Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca.

Uma pessoa se torna grande por aquilo que ela lê e não pelo que ela escreve.

Um cego é um prisioneiro. Há muito tempo estou cego. Comecei a ficar cego quando comecei a enxergar.

A natureza é esse belo mistério que nem a psicologia nem a retórica decifram.

A vida não é outra coisa senão a morte que anda brilhando.

Parece-me fácil viver sem ódio, coisa que nunca senti, mas viver sem amor acho impossível.

A velhice poderia ser a suprema solidão, não fosse a morte uma solidão ainda maior.

Sou cético, mas não me felicito por isso. Desejo que os jovens tenham direito à esperança.

A memória é o essencial, visto que a literatura está feita de sonhos e os sonhos fazem-se combinando recordações.

Eu já suspeitava que a única coisa sem mistério é a felicidade, porque ela se justifica por ela mesma.

Somos um sonho sem sonhador. Esse sonhar se chama história universal, e cada um de nós é um símbolo desse sonho.

A democracia é um erro estatístico, porque na democracia decide a maioria e a maioria é formada de imbecis.

Apaixonar-se é criar uma religião, cujo Deus é falível.

A morte usa-me incessantemente.

Em um jornal, geralmente, se escrevem notícias. Naturalmente, bobas. As notícias que os jornais dão referem-se a temas que não me interessam.

Só se devem ler livros escritos há mais de cem anos.

A vida é uma conjectura.

A imagem que um homem só pode conceber é a de que não toca ninguém.

A lua nova. Ela também a olha de outra porta.

O tempo não existe. É apenas uma convenção.

Talvez, um homem apaixonado não esteja errado. Talvez, aqueles que não estão apaixonados é que estão errados.

Estou só e não há ninguém no espelho.

Não odeies teu inimigo, porque, se o fazes, és de modo seu escravo. Teu ódio nunca será melhor que tua paz.

A velhice pode ser o nosso tempo de ventura. O animal está morto, ou quase morto. Restam o homem e a alma.

Resta dos livros o que lhe consente a memória, essa forma de olvido que retém o formato, não o sentido, e que reflete os títulos somente.

Dá o santo aos cães, atira tuas pérolas aos porcos; o que importa é dar.

A paternidade e os espelhos são abomináveis porque multiplicam o número de homens.

Não existe nada mais hábil do que o pensamento que escolhemos para nossos infortúnios.

Não acumules ouro na Terra, porque o ouro é pai do ócio, e este, da tristeza e do tédio.

Enquanto dura o remorso, dura a culpa.

O inferno e o paraíso me parecem desproporcionados. Os atos dos homens não merecem tanto.

Meu conselho é que fique fora das histórias em que as pessoas podem comentar.

Fazer o bem a seu inimigo pode ser obra de justiça e não é difícil; amá-lo é tarefa de anjos e não de homens.

Que cada homem construa sua própria catedral. Por que viver de obras de arte antigas e estrangeiras?

O peso do passado é infinito.